O que aprendemos com a pandemia do coronavírus?

por Instituto Cactus

02 de abril de 2021

3 min de leitura

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Em março de 2020 fomos surpreendidos por uma pandemia, um acontecimento que mudou a vida de todos, subitamente. Depois de um ano, continuamos vivendo este cenário de dúvidas e sentimentos intensos. E o que levaremos de aprendizado deste período?

Seguramente reafirmamos o poder de alcance da internet. Enquanto aguardamos a normalização das atividades, as vias digitais viabilizam conexões com o mundo fora de casa.

Também nos vimos diante de uma enxurrada de informações, tendo a OMS inclusive declarado que o surto de Covid-19 vem acompanhado da INFODEMIA, ou seja, do excesso de informações que geram rumores e desinformação, pois muita notícia é incorreta e equivocada (as chamadas fake news) o que pode vir carregado de incertezas e angústias.

E como isso se relaciona com nossa saúde mental?

Por essas, e tantas outras questões, a saúde mental ganhou destaque no último ano. Todas mudanças no estilo de vida, somadas às perdas dos mais diversos tipos (de entes queridos, financeiras, de emprego), à alta carga de notícias, de teor angustiante e triste, afetam todo o nosso estado mental. Fica difícil administrar as atividades diárias e as angústias quando o volume de informações é muito intenso. A infodemia é particularmente prejudicial no cenário de isolamento, pois agrava os sentimentos de ansiedade, medo, preocupação e também de luto.

A desinformação altera o comportamento saudável da população, elevando riscos. Enquanto não houver uma preocupação com a qualidade da informação circulante, com a proteção coletiva e com o comprometimento dos novos hábitos, não haverá progresso no combate ao vírus, tanto quanto no cuidado com a nossa saúde mental.

O que podemos fazer?

Uma estratégia de cuidado é reduzir a quantidade de informação que recebemos e selecionar as fontes de busca: 1) Busque informações nos meios oficiais de comunicação; 2) Antes de compartilhar notícias novas, valide a informação; 3) É verídica e de fonte confiável? Repasse, ensine, eduque. Em uma reflexão sobre a rede social Clubhouse, aprofundamos a discussão sobre o uso protetivo de redes sociais, de forma geral.

Outra estratégia é levar aprendizados, principalmente a importância do olhar atento para nós mesmos e para o outro. A capacidade de auto observação e de autoconhecimento, se faz fundamental para entender o que precisamos e como trabalhar nossos sentimentos, assim como a capacidade de escuta e de olhar com empatia para o próximo – e para nós mesmos. Estes valores e habilidades precisam persistir, para que a nossa saúde mental também possa florescer.*

Fica, então, a reflexão sobre o que aprendemos com relação à nossa saúde mental, em meio a essa pandemia e tantos momentos de incerteza. Será que continuaremos a valorizar essa temática, como tão central e prioritária nas nossas vidas? Será que agora sabemos o quanto olhar para a nossa saúde mental precede tantas outras questões e nos ajuda, inclusive, a lidar com inúmeras das nossas adversidades? Será que sabemos o que é a saúde mental? O que isso significa para nós, e para o mundo? Como eu posso trabalhar isso dentro e fora de casa?

A informação é nossa maior aliada, tanto em relação à pandemia de covid-19, quanto à saúde mental. É fundamental que a discussão continue, que mais pessoas possam se perceber, ter informações e conhecimento como aliados nesse processo, olhar preventivamente para a sua saúde mental, saber onde procurar ajuda, quando necessário, e falar mais abertamente sobre o tema.

Enquanto ainda passamos por esse momento turbulento de incertezas e pandemia, devemos nos proteger, de forma integral, ao máximo. E todo mundo tem a missão de dar suporte à ciência e compartilhar informações verídicas. Proteção e informação são imprescindíveis!

*Lembrando que buscar a saúde mental individual é muito importante, porém existe uma preocupação comunitária em poupar vidas, e que, por isso, nossos desejos pessoais e liberdades individuais não podem ultrapassar o bem estar social e por em risco a manutenção da vida. Que tal encontrar outras formas de cuidar da sua saúde mental sem aglomerar?

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