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O que defendemos?
Já parou para pensar no que nos faz humanos? Seria nossa capacidade de percebermos nossa existência, nossa subjetividade? Seria nossa capacidade de manejar emoções e sensações boas e também as ruins, lidando e aprendendo com cada uma delas? Ou, ainda, a forma com que cuidamos dos sofrimentos das outras pessoas?
Aqui no Instituto Cactus defendemos que o que perpassa por tudo isso, como uma linha transversal, um fio condutor, que evoca elementos de diversas áreas do conhecimento, é a saúde mental. Essa capacidade de estar, de viver, de pensar sobre o mundo e de atuar e se relacionar com ele, tudo isso é saúde mental.
Esse é o ponto de partida para vivermos nossas experiências por inteiro, o que nos garante memórias, histórias e afetos e nos permite viver uma vida mais saudável.
Mas saúde mental não é uma expressão para designar vida perfeita, nem é só sinônimo de bem estar, leveza e despreocupação. Ter saúde mental também não é sobre manter uma positividade tóxica que nega os sofrimentos e as desigualdades, romantiza situações de crise e individualiza problemas estruturais.
Saúde mental é parte indissociável de nossa saúde, corpo e mente andam juntos, sempre. É parte do nosso funcionamento biológico e psicológico, do nosso corpo pessoal e também social. É o que nos permite conviver com o que pensamos e sentimos. É o que nos faz saber quem somos, seguros para atuar sobre o que queremos ser, cientes de nossas vontades, fraquezas e limitações – articulando essas diferentes forças entre si e com o nosso entorno.
O Instituto Cactus existe para ampliar o debate e as práticas de cuidado com saúde mental. Apoiar nossa causa, reverberar nossas ações e multiplicar nossos aprendizados é fazer girar uma engrenagem que impacta continuamente todas as pessoas, todos os dias de nossas vidas. Saúde mental não é pontual, atravessa nossa experiência no mundo de forma permanente e contínua.
Atuamos para unir as pontas deste fio condutor que é a saúde mental, provocando impactos estruturais. Afinal, não dá para melhorar nada na sociedade sem olhar para as pessoas. Acreditamos que com conhecimento, acolhimento, prevenção, melhores políticas voltadas à saúde mental e uma cultura humanizadora em relação aos adoecimentos psíquicos podemos melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras.
Unindo governo, ciência e comunidade, estamos aqui para expandir a noção sobre nossa saúde, alargando seus espaços de presença, reflexão e atuação. Saúde mental importa e é urgente fazermos dela um assunto de todas as pessoas, todos os dias.