Setembro Amarelo: precisamos falar sobre saúde mental!

A cada ano, o “Setembro Amarelo” está cada vez mais inserido no contexto de conscientização da população brasileira. Seja por meio das campanhas de pequenas, médias ou grandes empresas, nas redes sociais ou em matérias da imprensa, o tema entrou definitivamente no calendário. Apesar do foco desta campanha ser o suicídio, que é uma manifestação extrema de um quadro grave de sofrimento mental, precisamos voltar nosso olhar para prevenção e promoção de um assunto central em nossa sociedade que é a saúde mental.

Divulgamos recentemente o “Panorama da Saúde Mental”, parceria com a AtlasIntel, construído para ser uma ferramenta dinâmica de pesquisa e monitoramento contínuo da saúde mental dos brasileiros. Com essa pesquisa, foi criado  um índice que reflete o estado geral da população brasileira acima de 16 anos e que é capaz de atuar na construção de uma base de dados sólida e consistente, criando uma série histórica que permitirá acompanhar a evolução do assunto dentro da sociedade 

Com base nessas evidências levantadas, seremos capazes de atuar com mais chances de sucesso, no controle e prevenção de casos graves. Abandonando a ideia de que os adoecimentos mentais atingem somente uma parcela pequena da população e ajudando a valorizar o cuidado, seja consigo ou com o próximo, que pode estar pedindo ajuda de alguma forma. É preciso estar atento aos sinais.

Por exemplo, 88% dos entrevistados na primeira coleta do “Panorama da Saúde Mental” relataram preocupação com a saúde financeira, tema sensível para muitos e que é um potencial agravante no estado de saúde mental. Outro dado interessante nos diz que 17% dos 2248 mil respondentes de todo Brasil utilizam medicação para questões emocionais, sendo que 80% deles estão fazendo uso há mais de um ano.

Sendo assim, o debate acerca da saúde mental surge como uma necessidade cada vez mais forte, nos ajuda a  quebrar tabus e trazer à tona todas essas  discussões, que precisam ser contínuas, e não apenas durante o mês de setembro. 

O Instituto Cactus está sempre de portas abertas, servindo como um ponto provocativo sobre as discussões relacionadas à saúde mental e agindo como um transformador social. Buscamos o diálogo entre a sociedade civil e o poder público. Fomentamos pesquisas que esclareçam e ajudem a dimensionar os desafios existentes. Para nós, todo dia é o momento certo para se falar sobre o assunto.