Este site utiliza cookies para colher informações analíticas sobre sua navegação. As informações dos cookies ficam salvas em seu navegador e realizam funções como reconhecer quando você retorna ao nosso website e ajudar nosso time a entender quais seções de nosso website são mais interessantes e úteis.
#WEF23 – O IMPACTO DA SAÚDE MENTAL NO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO GLOBAL
voltarPesquisa divulgada na abertura do Fórum Econômico Mundial (WEF), em Davos (Suíça), aponta que dois terços dos economistas acreditam que, em 2023, haverá uma recessão econômica mundial.
De acordo Saadia Zahidi, diretora executiva do WEF, esse cenário restringe os investimentos necessários ao desenvolvimento das nações e impede a melhoria das condições de vida das pessoas, em especial as em situação de vulnerabilidade.
O Instituto Cactus está atento a essas projeções que podem impactar a saúde mental em nosso país e busca, através do fomento a projetos dentro e fora das políticas públicas, contribuir com a ampliação do debate e dos cuidados com a saúde mental.
E porque é relevante falar de saúde mental em um contexto de potencial recessão econômica?
Porque, conforme trazemos na nossa publicação Caminhos em Saúde Mental, a saúde mental é diretamente impactada pelo bem-estar político e econômico da sociedade, a partir do que chamamos de determinantes sociais de saúde. Evidências revelam que, embora a depressão possa afetar pessoas de todas as idades, o risco de ficar deprimido é aumentado pela pobreza, desemprego, entre outros fatores estruturais como acesso à educação, transporte, trabalho, renda e meio ambiente, o que se relaciona diretamente com um cenário de recessão econômica.
Na lógica reversa, os impactos econômicos e sociais dos problemas de saúde mental estão associados a consequências negativas que afetam a sociedade como um todo, abrangendo a redução de mão de obra qualificada, o desemprego, a falta de moradia, a morte prematura, o impacto na educação, a oneração do sistema público de saúde, entre outros.
Neste sentido, é relevante analisarmos o conceito de carga global de doenças (GBD). Esse conceito mede o quanto uma doença pode afetar nossas vidas, tanto do ponto de vista da qualidade como no da expectativa de anos de vida dos indivíduos.
De acordo com o GBD, os transtornos mentais respondem por 32,4% dos anos vividos com incapacidade (YLD, sigla em inglês), ou seja, com baixa qualidade de vida, e 13% de anos de vida perdidos por morte prematura (YYL, sigla em inglês).
Para além dos desafios existentes na vida dos indivíduos relacionados à carga global de doença, existe um crescente reconhecimento de que a falta de atenção dada à saúde mental reflete diretamente em custos financeiros relevantes. Dados do próprio Fórum Econômico Mundial estimam que de 2010 até 2030 haverá perdas econômicas globais de USD 16 trilhões atribuíveis aos transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias, o que representa mais de 10 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. Estimativas da pesquisadora Sara Evans-Lacko, da London School of Economics, mostram que no ambiente de trabalho o Brasil perde USD 78 bilhões com a queda de produtividade.
Por isso, é importante olharmos com atenção como a saúde mental se insere nesse debate e podermos contribuir com dados e reflexões coletivas caminhos para a construção de uma sociedade mais saudável a partir da ótica da saúde mental. Já é tempo de a saúde mental ser pauta central deste debate e ser reconhecida como alavanca fundamental no desenvolvimento sócio-econômico.
Será que existe uma solução para essa equação?
O Instituto Cactus acredita que sim!
Mesmo antes da pandemia, a saúde mental no Brasil já era um problema negligenciado de saúde pública e a conta acaba sendo paga por cada um e por todos nós. Por isso, nosso trabalho enquanto representante da sociedade civil, de caráter filantrópico e de direitos humanos, tem sido o de promover e ampliar o debate sobre os caminhos possíveis para a prevenção e promoção de saúde em nosso país.
Fazemos isso atuando fortemente em advocacy no nível macro, junto ao Legislativo e Executivo, mas também no nível micro, por meio de ferramentas concretas para estados e municípios. Dessa forma, incidimos em todos os níveis de discussões estratégicas, contribuindo com nossa inteligência e profundidade em saúde mental com o objetivo de formular, implementar e avaliar políticas públicas nessa área.
Também contamos com um orçamento filantrópico próprio e doações que são direcionadas para projetos, ações e iniciativas diversas que atuem de forma estratégica e que resultem em impacto social, especialmente àquelas dedicadas a adolescentes e mulheres, nossos públicos prioritários.
Quer conhecer mais nossos projetos? Clique aqui ou acompanhe nossas mídias sociais