Painel da Saúde Mental – Fortaleza

Adolescentes Advocacy e incidência Dados e evidências Inovações Políticas públicas

Início do projeto: Outubro de 2021

Parceiros: Vital Strategies

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Em andamento desde outubro de 2021, o projeto é desenvolvido em parceria com a Vital Strategies, que realiza assistência técnica para a construção de um mapa da saúde mental, com atenção especial para o público infanto-juvenil, junto ao município parceiro de Fortaleza (CE), sede do projeto piloto. O Painel da Saúde Mental – Fortaleza é uma ferramenta importante para a gestão pública, que dá visibilidade para o impacto e distribuição territorial de condições e recursos de saúde mental, integrando indicadores de saúde mental e seus determinantes através da criação de um índice composto de saúde mental e de uma visualização cartográfica de oferta e demanda no território.

Os adoecimentos mentais podem afetar a qualidade de vida, o desempenho escolar e profissional, as relações pessoais e o bem-estar social. Quando constatamos que cerca de 50% deles começam até os 14 anos de idade, fica evidente a necessidade de cuidar de crianças e adolescentes no presente para evitar adoecimentos no futuro. Mesmo assim, a ausência de políticas públicas de saúde mental específicas para a população infanto-juvenil é uma realidade enfrentada em diversos países e latente no Brasil.

A construção do Painel tem como objetivo apoiar a tomada de decisão para a construção de políticas específicas sobre saúde mental. Também pretende contribuir para a incorporação da lente da saúde mental em políticas de outras agendas sociais que atuem com o público alvo. A saúde geral (especialmente a atenção básica), a educação e a assistência social são consideradas áreas estratégicas para o acesso da população ao cuidado em saúde mental.

A ferramenta, com lançamento previsto para dia 9 de agosto, traz evidências para que a gestão pública atue no território com iniciativas capazes de apoiar e aprimorar os sistemas e serviços públicos de diversas agendas sociais que impactam a saúde mental, garantindo um melhor acesso aos serviços e cuidados e um olhar intersetorial mais atento ao tema. A plataforma contará com o mapa interativo georreferenciado desagregado bairro a bairro, lista dos serviços municipais, um espaço para trocas e discussões acadêmicas sobre o tema e um repertório de boas práticas. Essas experiências estão sendo mapeadas ao longo do projeto, tanto em pesquisas realizadas pela equipe especialista, como em diálogo com interlocutores locais, como forma de apoiar a troca de experiências locais, incentivar registros de experiências desenvolvidas pela comunidade e de ações que incentivem a intersetorialidade, e a integralidade do cuidado com o público infanto-juvenil.

A ampliação da disseminação e visibilidade de pautas e temas ligados à saúde mental e sua intersetorialidade no debate público municipal por meio de advocacy, articulação intersetorial e comunicação estratégica representa uma união de esforços entre duas organizações da sociedade civil e a gestão pública para apoiar tomadas de decisão com base em evidências. Ou seja, os benefícios são para toda a sociedade e as soluções podem ser adotadas também em outros municípios.

Resultados previstos

  • Indicadores para contribuir para mapear e diagnosticar a situação da saúde mental em um território e subsidiar a formulação de políticas públicas;
  • Índice composto para visualizar os territórios levando em conta a saúde mental e o impacto de seus atravessamentos (ex: índices de educação, violência, áreas verdes) como forma de gerar insumos para tomada de decisões e priorização de recursos. Piloto em Fortaleza, com visualização dos sub-territórios, para expansão para outras localidades;
  • Plataforma online dinâmica para visualização do “Mapa de Saúde Mental” de Fortaleza com ênfase no público infanto-juvenil, hospedando a matriz de indicadores e o índice composto desenvolvidos no projeto: determinantes sociais; visualização de demandas versos os recursos disponíveis do território (CAPS, CAPSI, associações que cobrem infância e juventude, UPAs, Pronto Socorros, centros de atendimento especializado, ONGs religiosas e semi-religiosas, acesso e oferta a psicoterapia); espaço para registro de boas práticas/experiências, oferta de serviços municipais e discussões acadêmicas.
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