Panorama da Saúde Mental: 45% dos entrevistados consideram que as redes sociais afetam negativamente o bem-estar psicológico

por Instituto Cactus

06 de novembro de 2024

3 min de leitura

Dados e evidências panorama Saúde mental
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Como você avalia que as redes sociais afetam a sua saúde mental? Entre os brasileiros ouvidos na 3ª coleta do Panorama da Saúde Mental, 45% têm a percepção de um impacto negativo e, para 10% deste grupo, muito negativo.

A saúde mental é formada por uma interação complexa de fatores biológicos, cognitivos, sociais e culturais, sendo constantemente moldada por essas diversas influências. Entender como uma variedade de determinantes afetam o cotidiano das pessoas é crucial para uma análise mais aprofundada das questões relacionadas à saúde mental. E é essa a proposta do Panorama da Saúde Mental, realizado pelo Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel: ser uma ferramenta de monitoramento contínuo sobre o tema na população brasileira acima de 16 anos.

O estudo também apresenta os resultados do Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM), expresso em uma escala entre 0 e 1.000. No 1º semestre de 2024, a pontuação média aumentou para 682 pontos, em comparação a 640 e 635 nas coletas anteriores.ICASM médio da população brasileiraJá o ICASM das mulheres foi de 669 pontos – assim como nas coletas anteriores, menor do que o dos homens (695). Considerando a idade, os jovens entre 16 e 24 anos continuam apresentando resultados preocupantes, com o menor ICASM (575) entre as faixas etárias estudadas.

Confira abaixo alguns dos destaques da nova edição do Panorama da Saúde Mental.

Baixe agora: 3ª coleta do Panorama da Saúde Mental

Destaques: redes sociais

A relação entre o uso de redes sociais e a saúde mental é complexa e tem sido, cada vez mais, tema de estudos. Embora as redes sociais ofereçam benefícios como promover conectividade, facilitar o acesso à informação e fortalecer redes de apoio, elas também podem ter efeitos prejudiciais à saúde mental. 

Investigando mais a fundo os respondentes que consideram que as redes sociais têm um impacto muito negativo no bem-estar psicológico, essa percepção aumenta de 10% na média da população em geral para 15% entre a população mais jovem (16-24 anos). Quando se trata das redes e da frequência com que são utilizadas, nota-se que os jovens que usam o Instagram diariamente apresentam o menor ICASM (542) quando comparados a pessoas da mesma faixa etária que utilizam outras redes sociais com a mesma frequência.

No que tange ao conteúdo consumido, 87% dos entrevistados afirmaram consumir notícias e 64%, entretenimento e humor. O grupo que consome notícias sobre famosos e páginas de fofoca tem o menor ICASM médio (565) quando comparado às demais categorias, seguido pelos consumidores de conteúdo adulto (577). Já aqueles que acessam conteúdo esportivo apresentaram o maior ICASM médio (645).

Sobre o período em que são mais ativos nas redes sociais, 58% dos respondentes afirmaram fazer maior utilização no período da noite. Aqueles que são mais ativos nas redes sociais de madrugada (4% das pessoas), em 53% dos casos também sinalizaram ter dormido menos de seis horas três vezes ou mais nas duas últimas semanas. 

A relação entre sono e saúde mental

O sono é fundamental para funções biológicas como concentração, consolidação de memória, energia e controle emocional, e sua falta prejudica o funcionamento físico, cognitivo e social. Fatores como estresse, uso de eletrônicos e má alimentação reduzem a qualidade e duração do sono, e os transtornos mentais não só contribuem para a insônia, mas também podem ser agravados por ela, tornando essencial entender essa interação para promover a saúde mental.

Setenta e dois por cento dos participantes disseram ter dormido menos de seis horas em algum momento, apresentando um ICASM de 646, enquanto 28% relataram sempre dormir mais de 6 horas, com um ICASM elevado de 776. Em relação à sonolência durante o dia, 61% dos respondentes relataram ter sentido forte sonolência em algum momento, apresentando um ICASM de 590, enquanto 39% afirmaram não ter sentido sonolência nenhuma vez, com um ICASM significativamente mais alto de 825. 

Esses dados refletem uma correlação entre a qualidade do sono e a sonolência diurna, destacando os impactos na saúde mental das pessoas. Ainda, as mulheres representaram 55% dos que afirmaram sentir forte sonolência durante o dia e 51% entre os que dormiram menos de seis horas por noite pelo menos uma vez nas duas últimas semanas.

O Instituto Cactus convida você a acessar o site do Panorama da Saúde Mental para se aprofundar nos resultados da pesquisa e baixar o relatório completo gratuitamente.

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