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Como anda a saúde mental no mundo?
voltarMudam as paisagens, os cenários, os endereços, mas em qualquer lugar do planeta somos todos seres humanos com sentimentos, dores, pensamentos, alegrias e aflições.
Homens e mulheres, pobres ou ricos, adultos ou crianças, estão sujeitos a sofrer e desenvolver quadros ligados a saúde mental. De acordo com uma pesquisa da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre 40 e 50% das pessoas dos países membros da organização experimentará algum transtorno mental leve a moderado ao longo da vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10 a 20% das crianças e adolescentes de todo o mundo sofrem de algum problema relacionado à saúde mental.
Saúde mental é um assunto global, todos estamos sujeitos a precisar de suporte pois os fatores que influenciam nosso quadro emocional são inúmeros. Características biológicas, ambientais, culturais e econômicas têm influência e relevância na análise de cada caso. Até circunstâncias menos graves como as baixas temperaturas e o pouco sol, em locais com inverno muito rigoroso, diminuem a vitamina D e a melatonina (um hormônio regulatório) e podem gerar indisposição e influenciar quadros depressivos. Fatores como pobreza, desemprego, doenças físicas ou perda de entes queridos são também críticos. Igualmente tão preocupante se fazem as violações de direitos como violência, abuso e descriminação.
Como reflexo da ausência de cuidado à saúde mental, há comprometimento no desenvolvimento e na educação das crianças e adolescentes, com a possibilidade de extensão dos quadros na vida adulta, quando não tratados de forma correta. Por isso é tão importante a prevenção! Sem ela, podem surgir dificuldades na convivência e manutenção da estrutura e harmonia da família, do trabalho e das relações estabelecidas com a sociedade. Além das dificuldades pessoais de cada um que convive com a saúde mental debilitada, existem reflexos que permeiam até a economia, com valores na casa dos trilhões em perdas mundiais.
No atual cenário de pandemia, com a necessidade de distanciamento e isolamento social, toda a população mundial convive com sentimentos como tristeza, solidão, medo e luto. Pelo estudo, o registro de doenças e desequilíbrios mentais são ainda muito recentes na história da medicina e da saúde pública, tendo a saúde mental uma baixa prioridade nas agendas da maioria dos países. A esse problema, soma-se a falta de profissionais capacitados para detectar e diagnosticar pacientes de forma correta.
Vale lembrar que é humano se sentir só, sentir dor, precisar de cuidados. Estamos vivendo um momento intenso, de muitas emoções e pode ser difícil lidar com os sentimentos que aparecem. Se permita o sentir, o ser e o estar. Mas não deixe nunca de procurar ajuda profissional e suporte das pessoas próximas quando reconhecer a existência de qualquer problema.