Ativismo feminino e saúde mental: um diálogo essencial

por Instituto Cactus

11 de dezembro de 2024

3 min de leitura

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O ativismo feminino e jovem é uma força transformadora para a mudança social. Apesar disso, a jornada de quem luta por espaço e para defender a causa em que acredita raramente é fácil ou linear. Exige tempo, coragem e envolve uma carga emocional, entre outros fatores, que podem ter um impacto na saúde mental. 

Por isso, é importante lembrar que o ativismo não deve ser uma corrida sem fim – e que cuidar da saúde mental também é uma das formas de cuidar da causa defendida. Neste artigo, em parceria com a Girl Up Brasil, vamos explorar a interseção entre ativismo feminino, saúde mental dos jovens e a importância de cuidar de si mesma enquanto transformamos o mundo.

A saúde mental de mulheres e jovens ativistas

Feministas históricas que lutaram e lutam pelo direito da mulher e pela igualdade de gênero enfrentam uma série de obstáculos, desde a discriminação até a invisibilização. E a interseccionalidade da identidade de gênero, idade, raça, classe social e orientação sexual intensifica os impactos e reforça a importância de pensar em diversidade dentro da saúde mental

A adolescência, por exemplo, marca um período de transição da criança para a vida adulta e é acompanhada por diversas mudanças de caráter biológico, psicológico e social. Dessa forma, jovens ativistas frequentemente carregam consigo as preocupações e transformações comuns da idade – que, somadas às incertezas sobre o futuro e à busca por soluções para problemas complexos, podem contribuir para uma sensação de sobrecarga.

Entre as principais queixas apresentadas por jovens ativistas estão a ansiedade (26,3%), o cansaço (26,3%) e a sobrecarga (10,5%), segundo estudo baseado nos atendimentos realizados em um projeto da Rede Autoestima-se. Também houve relatos de insegurança, solidão, medo, confusão, tristeza, frustração e estresse (5,3% cada).

Leia também: 50 milhões de jovens: quais as políticas públicas para a saúde mental da juventude?

Desafios como esses podem levar a um desgaste emocional e físico significativo, que se manifesta em sintomas de ansiedade, depressão e síndrome de burnout (ou esgotamento), entre outros.

Cuidando de si: 6 dicas para pessoas ativistas

Pessoas ativistas, vocês não estão sozinhas! Por isso, o primeiro passo é encontrar apoio: converse com amigas e familiares e busque ajuda de um profissional de saúde mental quando precisar.

É possível conciliar ativismo e bem-estar mental, e algumas dicas podem ajudar:

1 – Estabelecer limites saudáveis: dedique tempo ao ativismo assim como a outras atividades e tarefas. 

2 – Cuidar do seu corpo: ações cotidianas, como dormir bem, alimentação equilibrada e atividades físicas ajudam a manter o foco e a disposição.

3 – Descobrir jeitos de amenizar o estresse: música, meditação, técnicas de respiração e hobbies relaxantes podem ajudar a manter a calma e lidar com situações desafiadoras.

4 – Construir uma rede de apoio: conecte-se com outras pessoas que compartilham seus valores e interesses.

5 – Celebrar suas conquistas: reconheça e valorize suas realizações e objetivos alcançados, grandes ou pequenos.

6 – Fazer pausas (das redes sociais também!): descanse sem culpa, porque isso também faz parte do processo.

Cuidar da saúde mental também é importante para lutar por tudo aquilo que consideramos justo, por isso, priorize o seu bem-estar mental para continuar a transformar o mundo.

Se você quer continuar se informando sobre prevenção de doenças e cuidados em saúde mental, leia nosso blog ou acompanhe o Instituto Cactus nas redes sociais. Para acompanhar a Girl Up Brasil, visite o site ou as redes sociais.

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